Coordenador dos Projetos: Prof. Alessandro Carlos Mesquita

Linha de Pesquisa: Fisiologia Vegetal e Pós-Colheita de Plantas Hortícolas

Aprimoramento da forma de cultivo do meloeiro para solos degradados no perímetro irrigado de Juazeiro no Submédio do Vale do São Francisco

Descrição

O melão (Cucumis melo L.) é uma cultura de clima tropical, exigente em calor, insolação e baixa umidade relativa do ar, restringindo-se o seu cultivo comercial às regiões quentes e secas (SILVA et al., 2000). A Região Nordeste apresenta a maior área cultivada com melão no Brasil, com 14.903 ha cultivados e produção de 380.007 t em 2009 (AGRIANUAL, 2012). Em escala regional, os principais estados produtores são o Rio Grande do Norte (201.250 t), Ceará (124.157 t), Bahia (32.337 t) e Pernambuco (15.970 t). O alto índice de produção na região deve-se principalmente às condições edafoclimáticas favoráveis ao cultivo e à presença de perímetros irrigados, que favorecem a produção dessas olerícolas em larga escala ao longo do ano. Para alcançar uma boa produtividade a disponibilização de nutrientes para planta torna-se elemento essencial nessas regiões. Conforme Silva et al. (2000), o N e o K são os elementos extraídos em maiores quantidades pelo meloeiro, participando com mais de 80% do total de nutrientes extraídos (38% e 45% respectivamente). A taxa de absorção pelo meloeiro é mais rápida após o início do florescimento, estendendo-se até a fase inicial da colheita. O cálcio, de maneira geral, após o N e o K, é o nutriente mais exigido pelas plantas. Em condições de baixa taxa de transpiração dos frutos, baixo teor de água no solo e salinidade é comum os sintomas de deficiência de cálcio (TAIZ & ZEIGER, 2013), que se manifestam como podridão apical dos frutos. Associado ao bom manejo das práticas culturais, sabe-se que as condições agroclimáticas, a presença de pragas e doenças, qualidades físico-químicas dos frutos, transporte, condições de armazenamento, determinam o grau de perdas na pós-colheita (CHITARRA; CHITARRA, 1990). Buscando adequar as melhores condições de cultivo e práticas de pós-colheita, podemos alterar o rendimento final da cadeia produtiva da cultura em benefício ao produtor e consequentemente, um produto de melhor qualidade ao consumidor final. Neste contexto, o manejo dos fertilizantes na agricultura irrigada deve ocorrer juntamente com o conhecimento das demandas dos nutrientes das plantas durante o ciclo de cultivo e a disponibilização dos mesmos pelo tipo de solo de cada região para que o cultivo possa ocorrer com uma boa eficiência da adubação.

Integrantes: Prof. José Osmã Teles Moreira; Prof. Carlos Alberto Aragão; Dr. Welson Lima Simões; Dr. Jony Eishi Yuri; Prof.ª Ana Rosa Peixoto; George Libório; Dr. João Ricardo Ferreira de Lima; estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2014

Situação: Em andamento

Reguladores vegetais no manejo da produção, fixação e qualidade dos frutos da mangueira nas condições semiáridas

Descrição

A mangicultura na região semiárida destaca-se no cenário nacional pelos altos rendimentos e qualidade do fruto produzido e também pela possibilidade de escalonamento da produção durante o ano, devido às condições climáticas e às tecnologias para o manejo da floração, como o uso da irrigação, podas e reguladores vegetais. O paclobutrazol aplicado ao solo é o regulador vegetal utilizado com eficiência comprovada no manejo da floração e produção da mangueira na quase totalidade dos pomares da região Nordeste do país, que é responsável por 80% das exportações nacionais de manga. Ele permite não só a produção na entressafra como também em períodos específicos, o que tem viabilizado o acesso aos diferentes mercados em períodos oportunos à comercialização. No entanto, a forma de aplicação no solo, devido à maior eficiência na absorção e no transporte via xilema, gera a preocupação com os resíduos deixados a cada ano, no solo e na planta, e que não são quantificados. Este projeto tem como objetivo principal definir um manejo utilizando reguladores vegetais, que permita o escalonamento eficiente da produção de mangueira nas principais variedades cultivadas, com produtividade e qualidade de frutos, minimizando perdas e otimizando a exploração do cultivo nas condições semiáridas. Dentre os objetivos específicos estão o de avaliar um manejo utilizando reguladores vegetais foliares; caracterizar anatomicamente as folhas das diferentes cultivares de mangueira, Tommy Atkins, Palmer e Kent, como suporte às aplicações foliares; avaliar a eficiência técnica e econômica da aplicação do paclobutrazol via sistema de irrigação localizado, bem como a incidência de doenças e de pragas em manga devido ao uso de reguladores vegetais. Pretende-se também, quantificar resíduos dos reguladores vegetais: paclobutrazol, uniconazole, etil trinexapac e cloreto de chlormequat nos frutos da mangueira.

Integrantes: Dr. Welson Lima Simões; Dr.ª Maria Aparecida C. Mouco; Dr.ª Paula Tereza de Souza e Silva; Dr. João Ricardo Ferreira de Lima; estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: Embrapa Semiárido

Ano de início: 2014

Situação: Em andamento


Coordenadora dos Projetos: Prof.ª Ana Rosa Peixoto

Linha de Pesquisa: Proteção de Plantas Hortícolas

  1. Caracterização e variabilidade de Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum agente da podridão-mole em hortaliças, no submédio São Francisco

Descrição

Dentre as principais atividades da agricultura familiar no Submédio São Francisco destaca-se a produção de fruteiras e de hortaliças, sendo as culturas temporárias a opção mais praticada por agricultores familiares, principalmente, melancia, cebola e melão, e em menores proporções os cultivos de tomate, abóbora, pimentão, cebola, pimenta, coentro e alface. As condições climáticas com altas temperaturas e baixa umidade relativado ar, principalmente no segundo semestre, somada à irrigação favorece uma diversidade de hortaliças, muito embora as mesmas condições climáticas também são favoráveis ao surgimento de problemas fitossanitários, dentre as quais se destaca a podridão-mole causada por bactérias pectinolíticas. As hortaliças são especialmente suscetíveis ao ataque das bactérias apodrecedoras, antes ou após a colheita, devido a característica suculenta dos seus tecidos. Tecidos mais lignificados e menos suculentos, como os do caule do pimentão e berinjela, são mais resistentes. As perdas econômicas causadas pelas pectobactérias podem ser muito grandes, variando com o valor da cultura, severidade do ataque, condições ambientais, subespécies envolvidas, condições de cultivo, armazenamento, transporte comercialização dos produtos. Isolados de bactérias causadoras de podridão-mole em hortaliças, oriundos de áreas de plantio de municípios produtores na região do Submédio São Francisco, entre os estados da Bahia e Pernambuco, serão identificados e caracterizados por testes bioquímicos e metabólicos (pelo sistema Biolog) e confirmados por PCR. A variabilidade desses isolados será avaliada com base em componentes epidemiológicos da doença, sensibilidade a antibióticos e marcadores moleculares. Os isolados serão distribuídos em grupos de similaridade, considerando-se 50% da distância total de ligação pelo método UPGMA. Os componentes epidemiológicos que serão avaliados são: período de incubação (PI), severidade inicial (SEVI), severidade final (SEVF) e área abaixo da curva de progresso da doença. A utilização dos marcadores moleculares REP, ERIC e BOX no Rep-PCR contribuirá para a observação da variabilidade genética entre os isolados estudados. Espera-se com esse trabalho que sejam identificados as espécies de pectobactérias causadoras de podridão-mole, no Submédio São Francisco, bem como pretende-se observar a variabilidade dos isolados oriundos da região. Os experimentos estão sendo realizados na UNEB, Juazeiro-BA, UFRPE, Recife-PE, bem como em campos comerciais de hortaliças da região do Submédio São Francisco, no período compreendido entre 2014 a 2016.

Integrantes: Estudantes da graduação e pós-graduação

Instituição de Financiamento: Fapesb

Ano de início: 2016

Situação: Em andamento

  1. Incidência de doenças em videira sob diferentes condições ambientais

Descrição

O cancro bacteriano, causado por Xanthomonas campestris pv. viticola, é a mais importante fitobacteriose da videira no Submédio do Vale do São Francisco. Os fatores climáticos, como temperatura elevada, alta umidade relativa, ocorrência de chuvas e ventos, contribuem significativamente para o desenvolvimento e disseminação da bactéria responsável pela doença nas áreas de produção de uva com plantas consideradas suscetíveis. Assim, com objetivo de avaliar o efeito de variáveis climáticas como a temperatura e a duração do molhamento foliar na infecção do cancro bacteriano em mudas de videira da cutivar apirena Sugraone, foi realizado um experimento no Setor de Mudanças Climáticas da Embrapa Semiárido, em Petrolina-PE. As mudas de videira foram inoculadas nas folhas com suspensão de Xanthomonas campestris pv. viticola, e mantidas em diferentes temperaturas numa faixa de 17 a 41 °C, sob períodos de 0 até 192 horas de molhamento foliar, e posterior cultivo em câmara de crescimento para avaliação dos componentes epidemiológicos do cancro bacteriano da videira. Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão múltipla. As superfícies de resposta revelaram que os menores períodos de incubação ocorrem a 41 e 35 °C, entre 3,9 e 7,5 dias, e molhamento foliar a partir de 48 h. Para esses mesmos tratamentos a incidência inicial variou entre 70 e 100%. A formação de cancros nas folhas foi pouco influenciada pelas variações climáticas. O progresso da infecção foi maior a 35 ºC sob condições de molhamento foliar, enquanto a maior severidade foi registrada com molhamento foliar de 192 horas nas temperaturas de 17, 23 e 29 °C.

Integrantes: Prof.ª Cristiane Domingos da Paz e estudantes da pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2009

Situação: Em andamento

  1. Levantamento, identificação e controle de fungos causadores e podridões pós-colheita em uvas no pólo agrícola de Juazeiro-BA e Petrolina-PE

Descrição

No Brasil, as doenças pós-colheita causada por microrganismos patogênicos se constituem num grave problema e apresentam danos em torno de 80% do valor total da produção de frutas. Na região do polo agrícola Juazeiro/Petrolina muitos estudos se fazem necessários para identificação e controle de fungos causadores de podridões em uvas. Diante disso, vê-se a importância da realização de estudos para avaliar a severidade dos patógenos, bem como oferecer alternativas eficientes de controle aos produtores da região. Necessita-se no campo ajustar o manejo fitossanitário, eliminar restos de poda, realizar controle eficientes das pulverizações, além de incluir produtos que contribuam para a indução da resistência. Na colheita, evitar danos mecânicos, controle eficientes das boas práticas de manufatura e na pós-colheita, eficiência para a redução do tempo entre colheita e resfriamento do fruto, e associação de métodos de controle físico para tratamento de superfície, como o metabissulfito de sódio e quitosana, sendo este último uma alternativa de controle ainda em estudo pelos pesquisadores. A utilização de métodos que contribuam para a conservação dos frutos nessa fase, como atmosfera modificada ou controlada, raios UV-C e aplicação de ozônio, também podem ser alternativas eficientes para contribuir no controle dessas podridões e que estão em conformidade com as normas estabelecidas pela comunidade internacional para a exportação de frutas.

Integrantes: Prof.ª Cristiane Domingos da Paz; Prof.ª Elizabeth Orika Ono e uma estudante da pós-graduação

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento

  1. Racionalização do uso de agroquímicos e eficiência de indutores de resistência em doenças de hortícolas

Descrição

Dentre os problemas se destacam a podridão peduncular causada pelo fungo Lasiodiplodia theobromae (Pat.) Griffin & Maulb e a antracnose causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides Penz, ambos bastante beneficiados pelo clima quente e úmido apresentado no primeiro semestre do ano, proveniente da irrigação, utilizada em pomares comerciais, da região. Assim, com o objetivo de minimizar a ação desses fungos na pré-colheita de manga será realizado no Laboratório de Fitopatologia e em casa de vegetação do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais DTCS, da Universidade do Estado da Bahia UNEB, em Juazeiro, BA; e em campo de produção de manga da Fazenda Nova Fronteira Agrícola, situada no município de Juazeiro-BA, realizado um estudo através da utilização de indutores de resistência abióticos e bióticos, visando a redução da severidade das doenças em frutos de manga, bem como pretende-se caracterizar os mecanismos de defesa envolvidos na indução de resistência elicitada por estes indutores, nas doenças em manga, no laboratório de Bioquímica, da Univasf.

Integrantes: Prof.ª Cristiane Domingos da Paz; Prof.ª Elizabeth Orika Ono; Prof. João Domingos Rodrigues; estudantes da graduação e pós-graduação

Instituição de Financiamento: –

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento


Coordenadora dos Projetos: Prof.ª Bárbara França Dantas

Linha de Pesquisa: Fisiologia Vegetal e Pós-Colheita de Plantas Hortícolas

  1. Avaliação e atenuação de estresses abióticos potencializados pelas mudanças climáticas em espécies nativas e exóticas de potencial hortícola

Descrição

Este projeto de pesquisa tem como objetivo avaliar o efeito e atenuação de estresses abióticos causados ou potencializados pelas mudanças climáticas globais em sementes, mudas e plantas adultas de cucurbitáceas. Para tanto, esta proposta está subdividida em quatro planos de ação, sendo eles, (PA1) Plano gerencial; (PA2) Processo germinativo de sementes de cucurbitáceas sob estresses abióticos; (PA3) Produção de mudas de cucurbitáceas sob estresses abióticos; (PA4) Mudanças climáticas e produção de cucurbitáceas sob estresses abióticos. O PA1, se refere à gestão financeira, técnica e da informação gerada no projeto de pesquisa. O PA2 tem o objetivo de avaliar o efeito fisiológico e metabólico em sementes de cucurbitáceas submetidas a variações de CO2 e estresses abióticos causados ou potencializados pelas mudanças climáticas globais. Para tanto serão avaliadas sementes de melão, melancia, pepino e abóbora, quanto à germinabilidade, metabolismo germinativo e oxidativo, armazenamento e envelhecimento acelerado, e como o condicionamento osmótico e pré-tratamento com reguladores vegetais poderá aliviar os estresses térmico, hídrico e salino. No PA3, o objetivo de avaliar o feito fisiológico e metabólico em mudas de cucurbitáceas submetidas a variações de CO2 e estresses abióticos causados ou potencializados pelas mudanças climáticas globais, será alcançado por meio de 4 atividades. Essas atividades avaliarão o efeito dos estresses abióticos na emergência e desenvolvimento inicial e ecofisiologia de mudas, além do efeito do condicionamento osmótico de sementes e reguladores vegetais na tolerância das mudas aos estresses abióticos. O PA4 tem o objetivo de avaliar o efeito fisiológico e agronômico em plantas adultas de cucurbitáceas submetidas ao aumento de CO2 e estresses abióticos causados ou potencializados pelas mudanças climáticas globais. Este PA está dividido em 5 atividades que avaliarão a produção, incidência de doenças e respostas ecofisiológicas de cucurbitáceas em ambiente enriquecido de CO2. Na última atividade deste PA serão realizados experimentos que combinarão o aumento de CO2 atmosférico com diferentes tipos de estresses abióticos, serão também avaliados métodos de mitigação de estresses por reguladores vegetais. Como resultados este projeto de pesquisa pretende disponibilizar na forma de artigos científicos informações sobre efeito fisiológico e metabólico dos estresses abióticos causados ou potencializados pelas mudanças climáticas globais em sementes, mudas e plantas adultas de cucurbitáceas, bem como recomendar um dos produtos testados para mitigação dos estresses nessas hortaliças.

Integrantes: Estudantes da graduação e pós-graduação

Instituição de Financiamento: Embrapa Semiárido

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento

  1. Potencial de uso das águas salobras e de rejeitos de dessalinizadores em sistemas produtivos visando o aumento da capacidade de suporte das comunidades difusas do semiárido com mínimo impacto ambiental

Descrição

A salinidade do solo e problemas de sodicidade são comuns em regiões áridas e semiáridas, onde a precipitação é insuficiente para lixiviar os sais e íons de sódio em excesso para fora da rizosfera. As concentrações de sais, em geral, restringem o crescimento tanto da parte aérea como do sistema radicular das plantas, em decorrência de efeitos osmóticos. O ajustamento osmótico constitui-se num importante mecanismo de tolerância das plantas a condições de baixo potencial hídrico no ambiente radicular, como ocorre em solos salinos. As glicófitas, moderadamente tolerantes à salinidade, retêm grandes quantidades de sais nos caules e nas raízes; assim, o ajuste osmótico nas folhas depende também do acúmulo de solutos orgânicos. O aumento na concentração de compostos orgânicos solúveis, no citoplasma de plantas cultivadas e submetidas a estresse salino, tem sido considerado como um mecanismo utilizado, pelas plantas, para balancear os potenciais osmóticos, entre o citoplasma e o vacúolo, e evitar danos aos sistemas enzimáticos (MUNNS, 2002), protegendo as estruturas e funções celulares. Considerando o grande potencial de água subterrânea do embasamento cristalino no Semiárido brasileiro o cultivo bem manejado de culturas glicófitas, que apresentam um elevado grau de tolerância à salinidade, podem servir de alternativas de renda e para alimentação dos produtores. Nesse sentido, são necessários avanços no desenvolvimento de metodologias adequadas, as quais somente poderão existir com o conhecimento das necessidades ecológicas e do comportamento fisiológico das espécies. A fim de suprir esta necessidade, devem ser realizadas pesquisas sobre os mecanismos de germinação de sementes e produção de mudas de espécies nativas, de valor econômico e potencial agronômico ou biotecnológico, bem como de espécies cultivadas sejam elas hortaliças, forrageiras ou cereais.

Integrantes: Danielle Carolina Campos da Costa; Dr.ª Francislene Angelotti; Dr. Gherman Garcia Leal de Araújo; estudantes de graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: Embrapa Semiárido

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento

  1. Vulnerabilidade de sementes e mudas de espécies florestais nativas da Caatinga às mudanças climáticas globais

Descrição

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) prevê aumento de temperatura de até 4 °C e redução de até 20% no volume de precipitação na Caatinga. Isso acarretará em maior estresse térmico, hídrico e salino nas plantas desse bioma. As sementes e mudas de muitas espécies da Caatinga são tolerantes a estresses abióticos, no entanto, são desconhecidos os limites de tolerância, bem como, os genes e transcritos e a expressão desses genes envolvidos na tolerância dessas espécies aos estresses. Este projeto objetiva avaliar a tolerância de sementes e mudas de diferentes acessos de espécies nativas da Caatinga a estresses abióticos e prever impacto de diferentes cenários do IPCC de aumento de temperatura e CO2 na germinação de sementes e desenvolvimento de mudas desses acessos. Além disso, objetiva-se conhecer a expressão gênica de genes associados à tolerância dessas espécies. Assim, serão obtidos limites de tolerância a estresses salino, hídrico e térmico em sementes e mudas de diferentes acessos de Anadenanthera colubrinaAmburana cearensisMyracrodruon urundeuva e Pioncianella pyramidalis. Serão, também Identificadas diferenças na resposta metabólica e trasncriptômica de sementes e mudas e genes envolvidos na tolerância aos estresses salino e térmico. Por fim serão obtidos modelos e previsões de germinação e desenvolvimento de mudas dessas espécies em diferentes cenários de IPCC. Para tanto, as sementes serão coletadas de 5 diferentes acessos de 12 populações distribuídas nos biomas de ocorrência das espécies. As árvores matrizes serão caracterizadas quanto à sua fenologia, altura, diâmetro à altura do peito, produção e biometria de sementes e variabilidade genética, assim como o solo e as características meteorológicas dos locais de coleta serão avaliados. Será a avaliada a germinação das sementes submetidas a estresse térmico, osmótico e salino, avaliando-se respostas metabólicas e moleculares das sementes. As mudas submetidas a diferentes condições de temperatura e CO2 serão avaliadas quanto ao crescimento, relações hídricas e trocas gasosas. Serão realizadas modelagens de germinação de sementes e crescimento de mudas a partir dos cenários previstos pelo IPCC nos locais de coleta, para cada acesso, sendo mapeadas as regiões de maior risco para a germinação das sementes e crescimento de mudas. As informações geradas proporcionarão o entendimento dos impactos das mudanças climáticas sobre espécies nativas da Caatinga, e como estas responderão aos estresses provocados por essas mudanças. Essa informação tem grande importância para o direcionamento da tomada de decisão para medidas de mitigação e adaptação. Como impactos econômicos e sociais, as informações geradas neste projeto de pesquisa, poderão direcionar os agricultores (pequenos, familiares ou grandes) da região nordeste, historicamente afetada pelos estresses a serem estudados, as espécies mais indicados em condições adversas às plantas. Embora a Política Nacional sobre Mudança do Clima não preveja em seus planos setoriais, especificamente, a redução do desmatamento da Caatinga. Entre seus objetivos figuram a redução sustentável as taxas de desmatamento em todos os biomas brasileiros até que se atinja o desmatamento ilegal zero; a eliminação da perda líquida da área de cobertura florestal e o aumento da área de florestas plantadas figuram entre seus objetivos específicos. Portanto o conhecimento, modelagem e mapeamento das respostas de sementes e mudas da Caatinga às mudanças climáticas poderão promover ações para reduzir o desmatamento na área. As informações geradas a respeito das respostas metabólicas e moleculares dessas espécies os estresses abióticos potencializados pelas mudanças climáticas globais fornecerão informações que poderão ser utilizadas parar estudos de prospecção de genes de tolerância de a essas condições, que poderão ser utilizados em programas de recuperação de áreas degradadas.

Integrantes: Dr.ª Francislene Angelotti; Dr. Gherman Garcia Leal de Araújo; Renata Conduru Ribeiro Reis e estudantes da pós-graduação.

Instituição de Financiamento: Embrapa Semiárido

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento


Coordenador: Prof. Carlos Alberto Aragão

Linha de Pesquisa: Melhoramento e Manejo de Plantas Hortícolas

  1. Cultivo protegido de hortaliças no Semiárido da Bahia

Descrição

No Brasil, o pimentão e o tomate situam-se entre as dez mais importantes hortaliças cultivadas. A crescente demanda do produto no país tem ampliado seu cultivo em casa de vegetação, devido à maior segurança na produção, reduzindo perdas e consequentemente, aumento do rendimento e da qualidade dos frutos. A utilização de cultivos em ambiente protegido tratou-se por muito tempo de uma alternativa que viabilizava o bom desenvolvimento, no entanto, nos últimos anos, observa-se o aparecimento de alguns problemas relacionados aos aspectos fitossanitários. Uma das alternativas relacionadas ao seu emprego é a utilização de substratos como suporte para as plantas, associando-se a fertirrigação, e a tamanhos diferentes de vasos, o que vem a promover o incremento de produtividade e da qualidade dos frutos produzidos. Neste contexto o aproveitamento da casca do coco, do bagaço da cana e do pó de sisal como substrato surge como uma alternativa viável, em diferentes áreas e com ênfase na área agrícola, por serem produtos renováveis e ecologicamente corretos. Este trabalho tem por objetivo avaliar o comportamento de tomate e pimentão em ambiente protegido, cultivados em diferentes substratos, em diferentes tamanhos de vaso e também no monitoramento do consumo da solução nutritiva disponível via fertirrigação.

Integrantes: Prof. Ruy de Carvalho Rocha e estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento

  1. Tecnologia para produção de hortaliças no Submédio do São Francisco

Descrição

Este projeto teve como objetivo avaliar os efeitos de fertilizantes foliares associados a reguladores vegetais no enraizamento, formação de mudas, crescimento e desenvolvimento de plantas hortícolas. O trabalho constará de três atividades: Atividade 1 – será realizado no Laboratório de Olericultura do DTCS, no período de agosto de 2011 a julho de 2012. Para a realização do experimento serão utilizados nove fertilizantes foliares associados a reguladores vegetais na dose de 100 mg.L-1 dos seguintes produtos: Gibermaxx, Crop Sett, Excyte, Progibb, Stimulate, Acadian,Vetor 1000 e o Rutter. Sementes de melancia da cultivar Crimson Sweet, de melão da cv. Frevo e abóbora cv. Jacarezinho, serão submetidas ao processo de maceração com os produtos acima citados, onde permanecerão por seis horas (BRASIL, 1992) em imersão nas soluções, antes da montagem dos testes laboratoriais. O delineamento experimental será inteiramente casualizado em esquema fatorial 9 (8 fertilizantes + testemunha) x 3 (cultivares de melancia, melão e abóbora), com quatro repetições. Serão realizadas análises laboratoriais, como: Teste de germinação; primeira contagem do teste de germinação; índice de velocidade de germinação (IVG); comprimento da parte aérea e da raiz principal e diâmetro do colo; matéria seca da parte aérea e da raiz e mobilização de reservas durante a germinação. Atividade 2 – O trabalho será realizado em viveiro com tela de 30 % de sombreamento. Para a realização do experimento serão utilizados sete fertilizantes e um tratamento testemunha: Gibermaxx, Acadian, Crop Sett, Excyte, Progibb, Stimulate, Vetor 1000, Rutter e água, nas concentrações já descritas acima na atividade 1. Sementes de melancia da cultivar Crimson Sweet, de melão da cv. Frevo e abóbora cv. Jacarezinho, serão submetidas ao processo de maceração com os produtos acima citados, onde permanecerão por seis horas (BRASIL, 1992) em imersão nas soluções, antes da montagem dos testes em casa de vegetação. O delineamento experimental será inteiramente casualizado em esquema fatorial 9 (8 fertilizantes e 1 tratamento testemunha) x 3 (cultivares de melancia, melão e abóbora), com quatro repetições. A avaliação da qualidade das plântulas será realizada partindo-se da: Emergência de plântulas; índice de velocidade de emergência (IVE); comprimento da parte aérea e da raiz principal e diâmetro do colo; matéria seca da parte aérea e da raiz. Para avaliação das mudas as sementes das três cultivares, as mesmas serão submetidas aos mesmos tratamentos com os fertilizantes e distribuídas em copos descartáveis de 280 mL de solo. Aos 14 dias após a semeadura serão realizadas as avaliações de altura de plantas, diâmetro de colo, biomassa fresca da parte aérea e da raiz, número de folhas definitivas, comprimento do sistema radicular e número de raízes no terço superior (mais próximo ao colo da plantas). Atividade 3 – O experimento será conduzido nos no período de julho de 2011 a agosto de 2012, no Campo Experimental de Hortaliças DTCS/UNEB. O delineamento experimental utilizado será o de blocos ao acaso, em esquema fatorial 8 X 3 (fertilizantes e cultivares de melão, melancia e abóbora) em quatro repetições. As parcelas experimentais terão 2,0 m de largura e 3,0 m de comprimento, sendo consideradas como parcela útil dez plantas de cada tratamento. Os tratamentos consistirão de T1-testemunha (água); T2-10 Lha-1 Acadian (via foliar); T3-10 Lha-1 Crop Sett (via foliar); T4-10 Lha-1 Excyte (via foliar); T5-10 Lha-1 Progibb (via foliar); T6-10 Lha-1 Stimulate (via foliar); T7-10 Lha-1 Vetor 1000 (via foliar); T8-10 Lha-1 Rutter (via foliar), T9-10 Lha-1 Gibermaxx, combinados com cada uma das cultivares de melão, melancia e abóbora. A colheita por volta de 65 dias após a semeadura. Serão avaliadas a produtividade total; produtividade comercial; massa média de frutos; avaliação do Índice Relativo de Clorofila (IRC). Doze frutos de cada espécie e cultivar serão separados para caracterização química de sólidos solúveis, e acidez titulável. Os dados obtidos serão submetidos à análise de variância através do teste F e as médias comparadas entre si ao nível de 5 % de probabilidade através do teste de Tukey.

Integrantes: Prof.ª Bárbara França Dantas; Prof.ª Elizabeth Orika Ono; Prof. João Domingos Rodrigues; Prof. Ruy de Carvalho Rocha, estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento


Coordenadora dos Projetos: Prof.ªCristiane Domingos da Paz

Linha de Pesquisa: Proteção de Plantas Hortícolas

  1. Micropropagação de gérberas por meio de esterilização química e avaliação das bactérias promotoras de crescimento no desenvolvimento das mudas

Descrição

O cultivo de gérberas está atualmente em plena expansão e destaca-se pela diversidade de cores e formas de sua inflorescência. Este trabalho terá como objetivo avaliar a esterilização química de meio de cultura e vidrarias, utilizadas no cultivo in vitro de gérberas, e avaliar o efeito de bactérias promotoras de crescimento em plantas (BPCPs) em plântulas de gérbera após o período de aclimatização. A substituição da esterilização térmica (autoclavagem) pela esterilização química com hipoclorito de sódio tem potencial em gerar benefícios relacionados à otimização do tempo e diminuição de gastos na aquisição de equipamentos, manutenção periódica e energia elétrica. A utilização de BPCPs em mudas de gérberas busca a diminuição da necessidade de utilização de produtos químicos, reduzindo custos e impactos ambientais. O trabalho será desenvolvido no laboratório de Biotecnologia, laboratório de Fitopatologia e em casa de vegetação do Campus III da Universidade do Estado da Bahia, no município de Juazeiro, BA. O primeiro ensaio consistirá em utilizar NaClO na esterilização de vidrarias e meio de cultura. As variáveis a serem analisadas serão o pH do meio antes do ajuste para 5,8 ± 1, identificação morfológica de contaminantes, número e porcentagem de culturas contaminadas, características das plântulas (número de brotações, tamanho de brotações e presença de plântulas anormais). No segundo ensaio, após o período de aclimatização, as plantas micropropagadas serão pulverizadas com solução bacteriana proveniente de isolados de Bacillus spp. e avaliadas semanalmente. As plântulas serão avaliadas quanto ao número de folhas, diâmetro e comprimento da haste, presença e coloração de botões florais e o aparecimento de pragas e doenças. Os dados de ambos experimentos serão submetidos a análise de variância e as médias comparadas a 0,05 de probabilidade.

Integrantes: Prof.ª Joselita C. de Souza e estudante da pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2014

Situação: Em andamento

  1. Propriedades intrínsecas de rizobactérias, seleção de variedades resistentes e biocontrole da murcha de fusário do tomateiro

Descrição

O objetivo do trabalho é a avaliação de resistência de 40 acessos de tomate à murcha de fusário do tomateiro, causado por Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici, raças 1, 2 e 3, e seleção de rizobactérias isoladas de solos de cultivo do tomateiro visando o estudo das suas características culturais, bioquímicas, e capacidade de biocontrole in vitro e in vivo da doença. Na primeira etapa do trabalho, 100 rizobactérias serão obtidas da rizosfera do tomateiro, e selecionadas os melhores isolados quanto às características culturais e bioquímicas para serem usados na seleção de variedades resistentes, biocontrole da murcha do fusário e capacidade de germinação e vigor de sementes de tomate microbiolizadas. Em casa de vegetação serão conduzidos os trabalhos de controle genético e biológico da doença. Esses isolados selecionados serão submetidos aos trabalhos de caracterização no laboratório, após prévia purificação, baseado nos aspectos visuais de suas colônias, como tamanho, forma, elevação, brilho, bordas, coloração, estrutura e teste de Gram. Os estudos bioquímicos dos isolados bacterianos serão analisados quanto a capacidade de síntese de ACC deaminase, solubilização de fosfatos, atividades de fosfatases, produção de sideróforos e sínteses de fitohormônios. Nos experimentos do controle genético, sementes de 40 acessos de tomate serão avaliadas quanto à resistência à murcha, e no controle biológico, 20 isolados bacterianos, previamente selecionados nos trabalhos in vitro, serão utilizados para o controle biológico da doença, através da bacterização de sementes de tomate. O controle das doenças será avaliado através da incidência da doença (IMF) aos 21 dias após a inoculação, estimada com o auxílio de escala ordinal adaptada de Santos, variando de 1 a 5, e a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). O delineamento experimental para todos os experimentos será inteiramente casualizado, e os dados submetidos à análise de variância com as médias comparadas pelo teste de Tukey.

Integrantes: Prof.ª Ana Rosa Peixoto, estudantes da graduação e pós-graduação

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2012

Situação: Em andamento


Coordenadora: Prof.ª Elizabeth Orika Ono

Linha de Pesquisa: Fisiologia Vegetal e Pós-Colheita de Plantas Hortícolas

  1. Efeito de reguladores vegetais na fisiologia, metabolismo e produtividade de plantas hortícolas

Descrição

Estudo do metabolismo de substâncias diversas em plantas cultivadas (olerícolas e fruteiras) e seu papel na qualidade dos produtos vegetais e a resposta das plantas à aplicação de reguladores vegetais. Os trabalhos são essencialmente conduzidos junto aos agricultores que operam áreas irrigadas, tanto nas olerícolas como nas fruteiras, seja para frutos para consumo in natura, seja para processamento, inclusive vinho.

Integrantes: Prof. Giuliano Elias Pereira; Prof. João Domingos Rodrigues; Prof. Valtemir Gonçalves Ribeiro e estudantes da pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento


Coordenadora do Projeto: Prof.ª Gertrudes Macário de Oliveira

Linha de Pesquisa: Melhoramento e Manejo de Plantas Hortícolas

  1. Monitoramento climático para a região do Submédio São Francisco

Descrição

A exploração agrícola vem passando por um processo acelerado de profissionalização, e é cada vez mais crescente a busca de informações relacionadas ao tempo, clima e produtos meteorológicos e agrometeorológicos para auxiliar na tomada de decisões. Neste contexto, o presente projeto de pesquisa tem como objetivo geral, a obtenção de informações precisas e em tempo real das condições climáticas para a região do Submédio São Francisco, visando proporcionar um planejamento eficiente das atividades agrícolas, principalmente, na tomada de decisões com relação às práticas adotadas de forma a maximizar a exploração econômica dos recursos naturais. A pesquisa vem sendo conduzida no campo experimental do DTCS/UNEB, em Juazeiro. Os dados de temperatura e umidade do ar, temperatura do solo, velocidade e direção do vento, radiação solar global, fluxo de calor no solo e precipitação pluviométrica são obtidos através de um sistema automático de coleta de dados, programado para efetuar leituras a cada segundo e médias, a cada 60 minutos. Também vêm sendo efetuadas medidas diárias de evaporação em dois tipos de tanques evaporimétricos e da evapotranspiração da cultura a partir de evapotranspirômetros de lençol freático constante. Espera-se com a realização desta pesquisa gerar informações meteorológicas e climatológicas de precisão que possa efetivamente contribuir para o planejamento eficiente das atividades agrícolas, e consequentemente, aumento de produtividade e redução de custos de produção.

Integrantes: Prof. Alessando Carlos Mesquita; Prof. João Domingos Rodrigues; Prof.ª Lígia Borges Marinho, estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2013

Situação: Em andamento


Coordenador de Projeto: Prof. Giuliano Elias Pereira

Linha de Pesquisa: Fisiologia Vegetal e Pós-Colheita de Plantas Hortícolas

  1. Descrição da composição analítica e sensorial de vinhos tropicais como base para a certificação dos produtos do Vale do Submédio São Francisco

Descrição

A produção comercial de vinhos tropicais no Vale do Submédio São Francisco, localizado no Nordeste do Brasil, iniciou em meados dos anos 80, sendo a segunda região produtora de vinhos do país, atrás do Rio Grande do Sul. Atualmente, existem seis empresas vinícolas na região com cerca de 700 hectares de vinhedos, que possibilitam a produção de uvas e a elaboração de 7 milhões de litros de vinhos finos por ano. Os vinhos da região apresentam características típicas, diferenciando-se daqueles elaborados em regiões tropicais de outros países, como Índia, Tailândia e Venezuela, bem como de vinhos de regiões temperadas elaborados em outras regiões do Brasil e do mundo. As condições edafo-climáticas da região permitem com que uma videira produza duas ou três safras por ano, dependendo da genética de cada cultivar, devido às altas temperaturas, altos índices de radiação solar e água disponível para a irrigação. Além disso, os vinhos elaborados no primeiro e segundo semestres apresentam características analíticas e sensoriais distintas, devido à variabilidade climática intra-anual. O setor vitivinícola regional estará pleiteando a Indicação Geográfica de Procedência-IP junto ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior-MDIC, o que permitirá garantir maior proteção dos vinhos contra eventuais fraudes, melhorar o reconhecimento e a notoriedade dos produtos comerciais da região e, consequentemente, a competitividade e a sustentabilidade da atividade vitivinícola. Com isso, os vinhos terão melhores condições mercadológicas, as Empresas poderão aumentar as áreas, contratar mais funcionários, promovendo a inserção social, a geração de empregos e de renda para a população ligada ao setor produtivo. Para isso, é necessário realizar uma descrição das características intrínsecas dos vinhos, passando pela composição química e sensorial, principalmente para a determinação dos aromas responsáveis pela qualidade. Desta forma, esta proposta de projeto visa determinar os compostos químicos responsáveis pela tipicidade dos vinhos tropicais do Brasil, bem como sua estabilidade, além das avaliações sensoriais, de maneira a contribuir para a descrição dos produtos elaborados, nas diferentes épocas do ano, o que poderá servir de base e referência para o setor vitivinícola da região, na busca pela certificação dos produtos. Espera-se determinar os compostos químicos presentes em vinhos brancos e tintos comerciais, bem como identificar e descrever novas moléculas olfativas, que poderão estar relacionadas à identidade regional, possibilitando valorizar e diferenciar os vinhos tropicais da região.

Integrantes: Prof.ª Aline Camarão Telles Biasoto; Dr. Celito Crivellaro Guerra e estudantes da pós-graduação.

Instituição de Financiamento: Embrapa Semiárido

Ano de início: 2012

Situação: Em andamento

  1. Desenvolvimento de tecnologias e uso da agricultura de precisão para colaborar com a certificação dos vinhos e com a sustentabilidade do setor vitivinícola do Vale do Submédio São Francisco

Descrição

A produção comercial de vinhos tropicais no Vale do Submédio São Francisco, localizado no Nordeste do Brasil, iniciou-se em meados dos anos 80, representando atualmente a segunda região produtora de vinhos finos do país, atrás do Rio Grande do Sul. Na região existem cinco empresas vinícolas com cerca de 500 hectares de vinhedos, que possibilitam a produção de uvas e a elaboração de cerca de 5 milhões de litros de vinhos finos por ano. Os vinhos da região apresentam características típicas, diferenciando-se daqueles elaborados em regiões tropicais de outros países, como Índia, Tailândia e Venezuela, bem como de vinhos de regiões temperadas elaborados em outras regiões do Brasil e do mundo. As condições edafo-climáticas da região permitem com que uma videira produza duas safras por ano, devido à elevada disponibilidade de radiação solar durante todo o ano, que acarreta em altas temperaturas do ar, baixa umidade relativa do ar, e devido à disponibilidade de água, para a prática da irrigação, uma vez que existe uma precipitação pluvial irregular e insuficiente para suprir as necessidades hídricas das plantas. Além disso, os vinhos elaborados no primeiro e segundo semestres apresentam características analíticas e sensoriais distintas, devido à variabilidade climática intra-anual, o que torna a vitivinicultura regional muito complexa, em comparação com as regiões tradicionais. A agricultura de precisão é uma ferramenta útil, pois permite melhor conhecer as características das parcelas no campo, bem como adotar manejos específicos em função da variabilidade encontrada, buscando diminuir perdas, rentabilizar os processos e agregar valor aos produtos obtidos. O setor vitivinícola regional está passando por problemas de competitividade, devido à instabilidade química e sensorial dos vinhos, que evoluem muito rapidamente, devido às altas temperaturas, além dos produtos apresentarem elevados valores de pH, baixos teores de acidez total e instabilidade química dos compostos fenólicos. Estes fatores estão causando problemas na comercialização dos produtos, para os espumantes, vinhos brancos e tintos, pois os vinhos têm perdido qualidade e os consumidores têm deixado de consumir os produtos da região, optando por vinhos tradicionais do Sul do Brasil, e mesmo os importados. As vinícolas da região estão interessadas na implementação da Indicação Geográfica de Procedência-IP para os vinhos da região (anexos). Esta certificação permitirá garantir proteção dos vinhos contra eventuais 3 fraudes, melhorar o reconhecimento, a notoriedade dos produtos comerciais da região e, consequentemente, a competitividade e a sustentabilidade da atividade vitivinícola no Vale. Por isso, esta proposta de projeto de pesquisa visa desenvolver tecnologias aplicadas à viticultura, como o uso de procedimentos e ferramentas da agricultura de precisão, técnicas específicas de elaboração de vinhos, protocolos de boas práticas agrícolas para os vinhedos, protocolos de boas práticas enológicas para as vinícolas, e assim colaborar com a certificação, melhorar a competitividade dos vinhos tropicais e promover a sustentabilidade das vinícolas do Vale do Submédio São Francisco.

Integrantes: Prof.ª Aline Camarão Telles Biasoto, Dr. Celito Crivellaro Guerra, estudantes da graduação, da especialização e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: Embrapa Semiárido

Ano de início: 2012

Situação: Em andamento

  1. Tecnologia de manejos para melhoria da qualidade das uvas e vinhos tropicais do Submédio do Vale do São Francisco

Descrição

A indústria vitivinícola no Submédio do Vale do São Francisco apresentou um grande impulso nos últimos anos, existindo atualmente sete vinícolas instaladas e uma área cultivada superior a 800 ha, que produziram em 2007 oito milhões de litros de vinho fino por ano, representando 20% da produção nacional, com um faturamento de 60 milhões de reais. A vitivinicultura tropical estabelecida nesta região do semiárido brasileiro é recente, tendo evoluído nos últimos 30 anos e não encontra condições similares em qualquer outra região vitivinícola mundial. Deste modo, são muito poucas as informações disponíveis sobre os aspectos do manejo das plantas e como eles influenciam o desenvolvimento, a fisiologia e a formação dos compostos químicos nas uvas para produção de vinhos, em condições tropicais semiáridas. O sistema de produção adotado pelas indústrias vitivinícolas dessa região tem como base o sistema de produção de uvas de mesa, ou são baseados em observações empíricas, onde muitos aspectos básicos do manejo da planta permanecem ainda sem resposta. Este projeto tem como objetivo principal avaliar os efeitos de sistemas de condução, porta-enxertos e poda verde sobre a fisiologia, crescimento e produção da planta, aspectos microclimáticos, características físico-químicas dos cachos e potencial enológico, visando a melhoria da qualidade dos vinhos produzidos no Submédio do Vale do São Francisco. O projeto é composto por três planos de ação (PA), sendo que o primeiro PA é o plano de gestão, que compreende as atividades de gerenciamento dos recursos, acompanhamento de execução das atividades e integração da equipe. O segundo PA tem como objetivo principal avaliar dois sistemas de condução, latada e espaldeira, e diferentes porta-enxertos sobre a fisiologia, produção, qualidade da uva e dos vinhos ‘Syrah’ e ‘Chenin Blanc’. No terceiro PA serão estudados os efeitos das práticas de desfolha e desponte de ramos sobre a qualidade das uvas e vinhos da cultivar ‘Syrah’.

Integrantes: Prof.ª Aline Camarão Telles Biasoto; Dr. Celito Crivellaro Guerra; Prof.ª Elizabeth Orika Ono; Prof. João Domingos Rodrigues; Prof. Valtemir Gonçalves Ribeiro e estudantes da pós-graduação.

Instituição de Financiamento: Embrapa Semiárido

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento


Coordenadora dos Projetos: Prof.ª Lígia Borges Marinho

Linha de Pesquisa: Melhoramento e Manejo de Plantas Hortícolas

  1. Eficiência Hídrica na Produção de Fruteiras no Semiárido Baiano

Descrição

O Vale do São Francisco mais precisamente, o dipolo Juazeiro-BA e Petrolina-PE tem sido considerado como um grande produtor de frutas do nordeste. Entretanto, algumas fruteiras de ciclo curto, como o melão e melancia, intensivamente cultivadas nesta região, requerem seleção de cultivares mais apropriadas, com base na sua resposta produtiva em função das lâminas de irrigação e a utilização de fertilizante, os quais são escassos e de alto custo de aquisição. Também, é notável a necessidade de diversificar os cultivos agrícolas a fim de, aumentar a rentabilidade das propriedades rurais, diminuir a instabilidade da atividade agrícola, devido as crises e especulações do mercado externo. Apesar de haver boa disponibilidade de água superficial, devido à presença do rio São Francisco, se faz necessário utilizar a água na irrigação de maneira mais eficiente devido a competição pelos escassos recursos hídricos, o que incentiva o setor primário a produzir o máximo com o mínimo de água. Irrigações deficitárias, seja por escassez do recurso ou necessidade de economia de água, é uma estratégia de irrigação que está associada ao maior risco de perdas de produção, tornando necessária a determinação das funções de respostas das culturas antes da sua adoção e/ou escassez de água nas fontes hídricas, conforme previsões futuras de diminuições de precipitações e conflitos entre os setores demandantes de água. As plantas demandam água e toleram a seca variavelmente e sob estresse hídrico podem ou não ser capazes de devolver mecanismos de adaptação durante ou após um evento de déficit. A utilização de micro-organismos para promover o aumento da tolerância das culturas ao déficit hídrico tem sido documentado e demonstrado eficiência. A presente proposta de pesquisa objetiva determinar a demanda hídrica e as relações hídricas de plantas irrigadas, com ênfase em fruteiras promissoras, em diferentes condições de disponibilidade de água no Vale do São Francisco, semiárido da Bahia. Serão pesquisadas as necessidades hídricas das culturas, como alternativas de diversificação de cultivo, aumento da eficiência de uso de água e composição de indicadores de e /ou mecanismos de tolerância das plantas à seca a fim de compor informações úteis ao manejo da irrigação e conhecimento da viabilidade agronômica e econômica. Para obter esses objetivos, vários instrumentos serão adquiridos e instalados com intuito de monitorar as variáveis do sistema solo-planta-atmosfera.

Integrantes: Prof.ª Adriana Mauymi Yano de Melo; Prof. Alessandro Carlos Mesquita; Prof. João Batista Tolentino Júnior; Prof. José Antônio Frizzone; Prof. Lucas Melo Vellame; Dr. Magnus Dall Igna Deon, estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: –

Ano de início: 2014

Situação: Em andamento

  1. Eficiência Hídrica na Produção de Mamão e Melão no Semiárido baiano

Descrição

O Vale do São Francisco mais precisamente, o dipolo Juazeiro-BA e Petrolina-PE tem sido considerado como um grande produtor de frutas do nordeste. Entretanto, algumas fruteiras de ciclo curto, como o melão e melancia, intensivamente cultivadas nesta região, requer melhor seleção de cultivares com base na sua resposta produtiva em função das lâminas de irrigação e a utilização de fertilizante, os quais são escassos e de alto custo de aquisição. Também, é notável a necessidade de diversificar os cultivos agrícolas a fim de, aumentar a rentabilidade das propriedades rurais, diminuir a instabilidade da atividade agrícola, devido as crises e especulações do mercado externo. Apesar de haver boa disponibilidade de água superficial, devido à presença do rio São Francisco, se faz necessário utilizar a água na irrigação de maneira, mas eficiente devido competição pelos escassos recursos hídricos o que incentiva o setor primário a produzir o máximo com o mínimo de água. Irrigações deficitárias, seja por escassez do recurso ou necessidade de economia de água, é uma estratégia de irrigação que está associada ao maior risco de perdas de produção, se faz necessário a determinação das funções de respostas das culturas antes da sua adoção e/ou escassez de água nas fontes hídricas, conforme previsões futuras de diminuições de precipitações e conflitos entre os setores demandantes de água. As plantas demandam água e toleram a seca variavelmente e sob estresse hídrico podem ou não ser capazes de devolver mecanismos de adaptação durante ou após um evento de déficit A utilização de microorganismos para promover o aumento da tolerância das culturas ao déficit hídrico tem sido documentado e demonstrado eficiência. A presente proposta de pesquisa objetiva determinar a demanda hídrica e as relações hídricas de plantas irrigadas, com ênfase em fruteiras promissoras, em diferentes condições de disponibilidade de água no Vale do São Francisco, semiárido da Bahia. Serão pesquisadas as necessidades hídricas das culturas, como alternativas de diversificação de cultivo, aumento da eficiência de uso de água e composição de indicadores de e /ou mecanismos de tolerância das plantas à seca a fim de compor informações uteis ao manejo da irrigação e conhecimento da viabilidade agronômica e econômica. Para obter esses objetivos, vários instrumentos serão adquiridos e instalados com intuito de monitorar as variáveis do sistema solo-planta-atmosfera. A pesquisa será subdividida em duas ações (1) Respostas do mamoeiro à diferenciação de lâminas e fertilizantes químicos; (2) Estudo de mecanismo de tolerância ou adaptação das plantas de meloeiro e mamoeiro sob irrigação plena e deficitária com e sem utilização de micorrizas. Espera-se que os resultados obtidos representem novas tecnologias e que proporcionem melhor conhecimento das possibilidades de manejo de irrigação das culturas com vistas ao fortalecimento e diversificação da atividade agrícola, economia de água e aumento da produtividade agrícola.

Integrantes: Prof.ª Adriana Mauymi Yano de Melo; Prof. Alessandro Carlos Mesquita; Prof. Aureo Silva de Oliveira; Prof. Carlos Alberto Aragão; Prof.ª Gertrudes Macário de Oliveira; Prof. José Antônio Frizzone; Prof.ª Lindete Míria Vieira Martins; Prof. Lucas Melo Vellame e Dr. Magnus Dall Igna Deon

Instituição de Financiamento: Fapesb

Ano de início: 2014

Situação: Em andamento


Coordenadora dos Projetos: Prof.ª Lindete Míria Vieira Martins

Linha de Pesquisa: Proteção de Plantas Hortícolas

  1. Caracterização polifásica de rizóbios isolados de nódulos de leguminosas cultivadas em solos da Caatinga

Descrição

A maximização dos insumos biológicos nos agroecossistemas que reduz os custos de produção e o impacto ambientais das atividades agropecuárias e silviculturais. A utilização de leguminosas inoculadas com estirpes de rizóbio eficientes e competitivas pode sere uma estratégia para aumentar o sucesso de práticas de na recuperação de áreas degradadas, já que plantas noduladas apresentam maior vigor e possibilidade de sucesso no seu estabelecimento no campo. Além de favorecer o estabelecimento das plantas, a utilização de inoculantes rizobianos reduz os custos de implementação e manutenção dos sistemas, dispensando a utilização de fertilizantes nitrogenados. Esse fator também colabora para a redução da emissão de gases do efeito estufa, como o óxido nitroso, por exemplo, resultantes das transformações naturais do nitrogênio em seu ciclo biogeoquímico no solo. Porém para a utilização de inoculantes rizobianos eficientes é necessária a prospecção por estirpes eficientes e competitivas nas condições onde serão introduzidas as espécies vegetais. Dessa forma, é imprescindível o constante trabalho de seleção de estirpes rizobianas, principalmente para espécies utilizadas em recuperação de áreas cujos solos são depauperados. A seleção de rizóbios autóctones nessas áreas resulta em bactérias adaptadas às condições edafoclimáticas locais e com maior possibilidade de sucesso, se comparada com estirpes oriundas de áreas distintas, principalmente as áreas não degradadas cujos solos apresentam condições muitos distintas dos solos depauperados de áreas degradadas (em especial as áreas salinizadas do semiárido do nordeste). Apesar de serem nodulantes, algumas espécies propostas para a avaliação neste estudo, como o marizeiro, por exemplo, não têm estirpes recomendadas para a produção de inoculantes. Nesse contexto, a seleção de estirpes para as espécies propostas neste trabalho pode subsidiar a recomendação de estirpes para estas espécies junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária.

Integrantes: Prof.ª Adriana Mayumi Yano de Melo; Dr. Jerri Edson Zilli; Dr. Paulo Ivan Fernandes Júnior, estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento

  1. Potencial biotecnológico de bactérias diazotróficas no Semiárido: avaliação de tecnologias existentes e desenvolvimento de tecnologias para a região

Descrição

Diversas espécies cultivadas no Semiárido têm capacidade de se associar a bactérias fixadoras de nitrogênio, porém este potencial tem sido pouco explorado. Dentre as leguminosas, podemos destacar o feijão-caupi, o guandu e o amendoim. E entre as gramíneas, o milho e a cana-de-açúcar merecem destaque. Essa culturas ocupam um papel importante devido ao seu papel econômico, como no caso da cana-de-açúcar irrigada, e socioeconômico para as culturas do feijão-caupi, o guandu, amendoim e milho. Além destas espécies, algumas espécies forrageiras também têm importância econômica para os pequenos produtores de caprinos em sistemas de agropecuária em dependência da água da chuva. Dentre estas forrageiras podemos destacar o capim-buffel e a cunhã. A tecnologia de inoculação de espécies vegetais com bactérias diazotróficas pode ser utilizada como fonte para aumento de renda na vida do sertanejo, além de apresentar potencial para ser uma das tecnologias de convivência com o Semiárido. Com o intuito de avaliar a eficiência das bactérias já recomendadas e avaliar novas oportunidades para a fixação biológica do nitrogênio (FBN) e tecnologias relacionadas no contexto do Semiárido, este projeto foi delineado. As ações de pesquisa estão agrupadas em planos de ação que em um primeiro momento objetivam avaliar o desempenho das bactérias recomendadas para as culturas nas condições do Semiárido (PAs 2 e 3), estruturar coleções de culturas com bactérias diazotróficas autóctones (PAs 4 e 5), selecionar genótipos de espécies importantes para o Semiárido responsivas à inoculação com bactérias diazotróficas para a indicação de genótipos para futuros programas de melhoramento (PA 5), desenvolver novas aplicações biotecnológicas e tecnologias de inoculação com as bactérias diazotróficas do Semiárido (PAs 6 e 7). Dessa forma, a avaliação da eficiência das estirpes recomendadas será realizada em uma série de experimentos em condições de casa de vegetação e de campo.

Integrantes: Prof.ª Cristiane Domingos da Paz, estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento

  1. Tecnologia micorrízica para maximização da produção de fitoquímicos foliares com propriedades medicinais em mudas de espécies arbóreas da Caatinga

Descrição

O uso de plantas na terapêutica vem crescendo nos últimos anos, com o Bioma Caatinga detentor de várias espécies comprovadamente medicinais, com destaque para o angico-preto e a aroeira-do-sertão, que são amplamente utilizadas pela população como medicinais. Estudos têm apontado que a aplicação de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) pode aumentar a concentração de fitoquímicos foliares, agregando valor à fitomassa a ser comercializada para indústria farmacêutica. Entretanto, não está definido se a inoculação com FMA incrementa a produção de fitoquímicos foliares com potencial medicinal em mudas dessas espécies arbóreas da Caatinga. Com tal definição, abre-se a possibilidade de instalação de cultivos dessas plantas, reduzindo o uso extratisvista e garantindo a diversificação de culturas no semiárido pernambucano. Este projeto tem como objetivo definir a contribuição dos FMA em aumentar a produção de fitoquímicos foliares com potencial medicinal em mudas de aroeira-do-sertão e de angico-preto. Para cada espécie vegetal serão conduzidos dois experimentos; nos experimentos 1 e 2 será definido o papel dos FMA em concentrar mais compostos bioativos nas plantas estudadas, com delineamento experimental do tipo inteiramente casualizado com três tratamentos de inoculação (sem FMA, inoculado com Gigaspora albida e inoculado com Acaulospora longula) em dez repetições; no segundo experimento definir-se-á o papel do P em otimizar a produção de fitoquímicos em mudas micorrizadas, com o delineamento experimental do tipo inteiramente casualizado em arranjo fatorial de 2 x 5, sendo dois tratamentos de inoculação (com ou sem FMA) e cinco níveis de P (nível natural do solo e mais quatro níveis de P, obtidos pela adição de P2O5), em cinco repetições. Ao final de cada experimento, as folhas serão secas (45 °C) e os fitoquímicos extraídos por maceração utilizando etanol 95 %, sendo determinados no extrato: conteúdo de proteínas totais, carboidratos solúveis, fenóis totais, flavonoides totais e taninos totais e condensados. Os dados serão submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, sendo também realizadas análises de regressão nos experimentos com níveis de P. Espera-se ao final do projeto definir o papel da simbiose micorrízica em concentrar mais fitoquímicos com potencial medicinal em mudas de aroeira-do-sertão e de angico-preto, estabelecendo-se o papel do P em favorecer a produção desses compostos em plantas micorrizadas.

Integrantes: Prof.ª Adriana Mayumi Yano de Melo; Fabrício Francisco Santos da Silva; Dr. Jerri Edson Zilli; Dr. Paulo Ivan Fernandes Júnior, estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento


Coordenador dos Projetos: Prof. Manoel Abilio de Queiróz

Linha de Pesquisa: Melhoramento e Manejo de Plantas Hortícolas

  1. Estudo de fruteiras nativas e adaptadas ao Semiárido baiano

Descrição

O estado da Bahia tem uma grande extensão na região semiárida com grande predominância do bioma caatinga, exceto em regiões de altitude onde se tem uma modificação na cobertura vegetal. Ocorrem muitas espécies, com diferentes usos, como as forrageiras, medicinais, ornamentais, frutíferas, entre outras. Entre essas, as fruteiras se destacam não só pela quantidade, como pelas potencialidades de uso, seja para uso direto em plantios em condições de sequeiro como para uso indireto como parentes de tipos cultivados. Entre as espécies, se destacam as espécies dos gêneros Psidium, Passiflora, Annona, entre outras. Será necessário se fazer uma coleta de acessos no bioma caatinga, resgatando-se sementes de uma amostra representativa dos tipos encontrados para se organizar uma preservação ex situ do que for coletado. As informações prévias de mateiros e moradores da caatinga serão muito importantes para orientar as expedições de coleta. As plantas serão georeferenciadas. Deverá ser feita uma caracterização preliminar dos acessos coletados, a partir de descritores de planta e fruto e as sementes deverão ser armazenadas em câmara fria a 10ºC e 40% de umidade relativa, inicialmente na Embrapa Semiárido e, posteriormente, na câmara fria que será instalada no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Juazeiro-BA. Também deverá ser feita avaliação dos acessos coletados para estresses bióticos relevantes. Serão feitas análises multivariadas para identificação das semelhanças e diferenças entre os acessos coletados.

Integrantes: Dr. Francisco Pinheiro de Araújo; Dr.ª Rita de Cássia Souza Dias e estudantes da pós-graduação.

Instituição de Financiamento: Embrapa Semiárido

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento

  1. Recursos genéticos e melhoramento de cucurbitáceas

Descrição

Caracterizar acessos de melancia e melão do Banco de Germoplasma de cucurbitáceas para o Nordeste brasileiro utilizando-se a estrutura dos experimentos de multiplicação dos mesmos. A caracterização é baseada em caracteres morfológicos de planta e fruto. É feita a polinização controlada, principalmente autofecundações. Serão feitos estudos de doenças foliares (alternariose e oídio), tento em melancia como em melão. Serão obtidas populações segregantes entre parentais contrastantes para características de planta e fruto. Por ocasião da colheita, os frutos são colhidos individualmente e as sementes são retiradas e postas para secagem à sombra. A produção de cada planta é identificada. As sementes obtidas serão armazenadas na Câmara Fria da Embrapa Semi-Árido, a 10 C e 40% de umidade relativa.

Integrantes: Dr. Flávio de França Souza; Dr.ª Maria Aldete Justiniano da Fonseca Ferreira; Dr.ª Rita de Cássia Souza Dias, estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: Embrapa Semiárido

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento


Coordenador dos Projetos: Prof. Valtemir Gonçalves Ribeiro

Linha de Pesquisa: Melhoramento e Manejo de Plantas Hortícolas

  1. Manejo cultural irrigado de videira, cacaueiro clonado consorciado com bananeira, e de maracujazeiro, no semiárido baiano

Descrição

O Vale do São Francisco é responsável por aproximadamente 95% das exportações nacionais de uvas, sendo a viticultura a atividade agrícola mais importante quanto à criação de empregos diretos e indiretos. Entretanto, as cultivares de uvas apirênicas introduzidas na região – devido à baixa adaptação às condições climáticas locais – expressam, entre outros fatores, excesso de vigor, baixa fertilidade de gemas e de qualidade de cachos. A adaptação do cacaueiro (Theobroma cacao L.) na região Semiárida do Estado da Bahia, pode posicionar a cacauicultura como uma nova alternativa de cultivo na região. O clima quente e seco da região e a possibilidade da irrigação localizada podem se caracterizar como um impedimento ao surgimento de enfermidades, normalmente difundidas nas regiões de cultivo tradicional, como no sul do Estado da Bahia. Na cultura do maracujazeiro as condições de solo e de clima são os fatores mais importantes no desenvolvimento e na produção, assim, práticas de adubação associadas à irrigação, quando corretamente aplicadas podem influenciar direta e positivamente a produtividade da cultura; objetiva-se o manejo econômico da irrigação aplicada em diferentes lâminas e níveis de adubação nitrogenada na cultura do maracujazeiro, cultivado em sistema convencional e em bolsas de polietileno.

Integrantes: Essione Ribeiro Souza; Marcelo de Campos Pereira, estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: Fapesb; UNEB

Ano de início: 2007

Situação: Em andamento

  1. Uso de fitorreguladores em cultivares apirênicas submetidas a gradientes de estresse hídrico para o aumento da fertilidade

A vinicultura tropical brasileira é praticada em ambientes com insolação e temperaturas médias altas, e pluviosidade concentrada durante certos meses do ano, torna o uso da irrigação indispensável pra a sua execução. Suprimentos inadequados em lâminas d’água comprometem as produções. A fenologia da videira no Vale do São Francisco está intimamente relacionada com o controle da umidade do solo, logo, o monitoramento e o manejo da água têm importância impar para o bom desempenho da cultura na região. Objetiva-se manejar a irrigação das áreas de cultivo a partir de curvas características de umidade do solo, mantendo as plantas sob gradientes de estresses hídricos favoráveis a uma maior diferenciação floral, sob tratamentos com fitoreguladores.

Integrantes: Estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2006

Situação: Em andamento

Docente Colaborador


Coordenador dos Projetos: Prof. José Osmã Teles Moreira

Linha de Pesquisa: Proteção de Plantas Hortícolas

  1. Avaliação do potencial dos ácaros predadores no controle biológico de pragas na Região do Submédio Vale do São Francisco

Descrição

A importância dos ácaros predadores como inimigos naturais de pragas já é conhecido há muito tempo. Entretanto, tentativas consistentes e bem documentadas de se utilizarem ácaros como inimigos naturais de pragas agrícolas foram iniciadas somente na segunda metade do século XX. Por outro lado, diferentes aspectos biológicos de inimigos naturais de ácaros estão sendo hoje muito estudados, e o conhecimento acumulado está contribuindo significativamente para o refinamento dessa técnica de controle. O objetivo da pesquisa será avaliar a eficiência de controle de ácaros predadores no manejo de populações de ácaros e insetos na fruticultura no polo Juazeiro/Petrolina. A pesquisa será desenvolvida no Laboratório de Entomologia do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais – DTCS, Campus III da UNEB, em Juazeiro-BA, sendo que as atividades de campo serão desenvolvidas em pomares comerciais de empresas localizas nos perímetros públicos e privados, situados nos municípios de Juazeiro-BA e Petrolina-PE. Serão efetuadas coletas de ácaros predadores para identificação taxonômica, bem como, para determinação da sua dinâmica populacional. Serão estabelecidas criações tanto de ácaros fitófagos, quanto de predadores para desenvolvimento de estudos bioecológicos e de eficiência de controle. Serão efetuados bio-ensaios em laboratórios para se determinar a eficiência de predação de ácaros predadores sobre ácaros fitófagos.

Integrantes: Estudantes da pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento

  1. Estratégias de manejo integrado das pragas das principais culturas hortícolas no vale do São Francisco

Descrição

O manejo integrado de pragas – MIP  se refere ao uso racional e integrado de várias táticas de controle no contexto do ambiente onde a praga se encontra, complementando e facilitando a ação dos Agentes de Controle Biológico, levando em consideração aspectos: econômicos; toxicológicos; ambientais e sociais. Preconiza que o controle se realize através de técnicas compatíveis para manter a população de insetos abaixo do Nível de Dano Econômico. O Nível de Controle ou Nível de Ação refere-se à menor densidade populacional da praga capaz de causar uma injúria, induzindo a planta a uma perda na produção de valor econômico igual ao custo da aplicação de uma das táticas de controle. O conhecimento de Nível de Ação depende do plano de amostragem para determinação da população da praga; da intensidade da injúria e do custo do controle. Estas variáveis são influenciadas pela suscetibilidade da planta; pelas condições climáticas; pelas condições do solo; condição socioeconômica do produtor, fatores que agem indiretamente na flutuação do nível de ação e devem ser consideradas na tomada de decisão de quais estratégias devem ser adotados para o manejo das pragas. As principais técnicas de manejo de pragas adotadas nas várias ações de pesquisa que constituem o presente trabalho são: a) o controle químico, baseado na aplicação de agroquímicos, que por ser prático na aplicação e com resultados visíveis é muitas vezes o único método utilizado; b) o controle cultural promove o uso de mudanças empregadas nos métodos de manutenção da cultura, em ordem, para reduzir ou eliminar às pragas; c) o controle mecânico e físico é por vezes um método simples, que lança mão de princípios físicos no combate as pragas; d) o controle comportamental, baseado no conhecimento da biologia das pragas e fenologia dos hospedeiros, usa de infoquímicos para controlar pragas; e) o controle biológico clássico lança mão de inimigos naturais, podendo ser parasitóides, predadores e patógenos; f) o controle legal baseado no uso de medidas quarentenárias, visando principalmente a não disseminação da praga; g) por fim o controle autocida, cujo princípio é usar a própria praga para aniquilar-se. Valor financiado: R$ 44.184,00.

Integrantes: Estudantes da graduação e pós-graduação.

Instituição de Financiamento: UNEB

Ano de início: 2011

Situação: Em andamento